ARTIGO: Black Friday
A expressão Black Friday (sexta-feira negra) foi usada pela primeira vez em 1869, quando um grupo de investidores nos EUA tentou controlar o mercado do ouro na Bolsa de Valores de Nova York, causando uma queda brutal no preço, uma forte recessão econômica e quebrando instituições financeiras numa sexta-feira.
Também há quem diga que o termo foi criado em 1960, por policiais da Filadélfia, em referência ao trânsito caótico um dia após o feriado de Ação de Graças. Outra teoria diz respeito à saúde financeira das empresas, que aumentavam o seu faturamento neste dia e saiam do vermelho. Em inglês, estar no vermelho (in the red) significa prejuízos e estar no preto (in the black) significa lucros.
Como logo após o feriado do Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), as lojas saíam do vermelho pelas fortes vendas, a data passou a ser conhecida como Black Friday. A partir do ano 2000, essa data passou a ser a mais importante do mercado norte-americano em termos de compras, pois foi eleita como a data de início das compras de Natal, onde as lojas oferecem grandes descontos e vendem muito.
No Brasil, apesar de não existir o feriado de Thanksgiving, o mercado se aproveitou da data americana e começou a fazer o Black Friday nesse mesmo dia. Um dos problemas aqui no Brasil é que a data começou a ser conhecida como Black Fraude, pois muitas lojas aumentam os preços e dão descontos fictícios, bem diferente das verdadeiras promoções dos EUA.
Em 2013, uma pesquisa feita pelo Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração, mostrou que o número de produtos que ficaram mais caros nesse dia foi muito maior do que os que tiveram algum desconto real.
Outra curiosidade é que a data que deveria ser de somente um dia, acabou virando mais de uma semana e é comum vermos propagandas de lojas anunciando que o Black Friday vai até a próxima semana. Para combater o problema dos falsos descontos pela internet, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico criou um selo de credibilidade e recomenda que comprem somente das lojas que possuem esse selo.
Mais uma curiosidade é que um site americano chamado Black Friday Death Count contabiliza os mortos e feridos nas lojas durante esse dia, onde a loucura toma conta do povo americano em busca dos descontos.
Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra – Recomeço. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza
FONTE: Portal Consumo em Pauta: http://www.consumoempauta.com.br/black-friday-clio-pezza/
Informações: Comunicação ABRAREC – Thiago Ermano