Mediação e Arbitragem como Estratégia de Transformação
Nossa jornada no ABRAREC Insights segue firme no propósito de fomentar reflexões estratégicas.
Na 11ª edição, colocamos a Mediação e a Arbitragem no centro do debate — não como alternativas, mas como ferramentas de inovação, agilidade e confiança na resolução de conflitos.
A mediação e a arbitragem têm conquistado espaço cada vez mais relevante no cenário jurídico e corporativo brasileiro. Mais do que alternativas ao Judiciário, esses métodos representam uma verdadeira mudança de mentalidade na forma como lidamos com os conflitos — priorizando o diálogo, a escuta qualificada e soluções eficazes.
Um encontro realizado na sede da OAB Jabaquara se consolidou como símbolo dessa transformação: a instalação da Comissão de Mediação e Arbitragem da Subseção e a realização da 3ª Reunião da Comunidade de Mediação da ABRAREC reuniram profissionais, lideranças e especialistas em um ambiente de troca profunda e construção coletiva de saberes.
Justiça colaborativa e propósito institucional
A criação da Comissão reforça o compromisso institucional com uma justiça mais célere, acessível e baseada na colaboração. O evento foi conduzido por Patrícia Coelho, presidente da nova comissão e diretora da Comunidade de Mediação da ABRAREC, e contou com a presença de Gabriela Ribas Glinternik, Diretora Executiva da ABRAREC — duas lideranças que têm atuado ativamente para ampliar o alcance e a relevância da mediação e da arbitragem no país.
A proposta central defendida foi clara: em um mercado onde tempo, reputação e eficiência são ativos estratégicos, investir em métodos adequados de resolução de disputas (MARCs) é mais do que uma alternativa jurídica — é uma escolha inteligente para empresas de todos os portes.
Por que Mediação e Arbitragem são diferenciais competitivos?
Durante o encontro, diversos benefícios sobre arbitragem foram debatidos e reforçados por especialistas. Entre eles:
- Redução de tempo e custos em disputas
- Preservação de vínculos comerciais e institucionais
- Soluções mais eficazes, sustentáveis e técnicas
- Melhoria da experiência do cliente
- Proteção da reputação corporativa
- Previsibilidade e planejamento financeiro
Esses pontos tornam a mediação e a arbitragem especialmente vantajosas para pequenas e médias empresas, que muitas vezes são as mais impactadas por longos processos judiciais.
Cláusula MedArb: eficiência contratual em ação
Um exemplo prático apresentado foi a adoção crescente da cláusula MedArb — que combina mediação e arbitragem em uma sequência pré-definida. Primeiro, as partes tentam uma solução consensual por meio da mediação; se não houver acordo, a disputa é automaticamente encaminhada à arbitragem.
Esse modelo híbrido oferece o melhor dos dois mundos: tenta-se o diálogo e, se necessário, obtém-se uma decisão técnica, com força de sentença judicial, sem a burocracia do Judiciário. Além disso, já existem câmaras privadas que adaptam seus custos à realidade financeira de pequenas e médias empresas, democratizando o acesso a essas soluções.
Painéis que inspiram: especialistas em destaque
Dois painéis enriqueceram o evento com visões complementares e estratégicas:
1º Painel – A Democratização da Arbitragem
Com a participação de nomes como Dr. Francisco Cahali, Dra. Fernanda Levy e Dr. Alexandre Palermo Simões, e moderação de Dr. Adolfo Braga, o painel trouxe à tona a importância de tornar a arbitragem mais acessível e compreensível para diferentes segmentos da sociedade e do mercado.
2º Painel – Arbitragem Online e suas Características
Com especialistas como Dra. Melanie Tonsic e Dra. Ana Lúcia Pereira, e mediação de Carlos Savoy, foram discutidas as inovações tecnológicas e operacionais que têm facilitado o uso da arbitragem online, especialmente relevante no mundo pós-pandemia.
Ambos os debates reforçaram a tese de que a mediação e a arbitragem não são apenas ferramentas para grandes empresas, mas caminhos viáveis, econômicos e eficazes para negócios de qualquer porte.
Insights que merecem destaque
Além dos benefícios mais conhecidos, o encontro reforçou pontos muitas vezes negligenciados:
- Confidencialidade: Diferente dos processos judiciais públicos, a mediação e a arbitragem garantem sigilo — fator decisivo para empresas que prezam pela proteção da reputação e de informações estratégicas.
- Redução de custos indiretos: Ao preservar relações comerciais e reduzir o tempo de litígio, os métodos alternativos diminuem significativamente os custos que não aparecem no balanço, mas afetam diretamente o negócio.
- Especialização técnica: Mediadores e árbitros são escolhidos pelas partes e geralmente possuem conhecimento profundo sobre o setor envolvido, o que resulta em decisões mais justas, alinhadas à realidade do negócio.
Um passo a mais na construção de pontes
Eventos como esse não apenas marcam o calendário, mas geram transformação concreta. A escuta ativa, o compartilhamento de experiências e a construção de redes fortalecem uma cultura de resolução de conflitos mais madura, técnica e eficaz.
Agradecemos às lideranças envolvidas, aos painelistas e a todos os participantes que seguem conosco no propósito de transformar desafios em soluções por meio do diálogo e da cooperação.
A mediação e a arbitragem não são mais o futuro — são o presente de uma nova forma de fazer justiça. E já estão em prática.
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