Relacionamento

Novo Artigo! A Humildade nas Organizações: Uma Prática Comportamental em Benefício do Relacionamento

 

Os estudos sobre o tema humildade possuem raízes históricas e estão presentes em diversos campos de conhecimento. Segundo Tangney (2000), o termo perdeu seu brilho na era moderna por conta de sua possível conotação indigna e associação à baixa autoestima, sendo que, recentemente, novas teorias passaram a retratar a humildade como uma força e um talento. O tema é ainda pouco explorado no contexto organizacional, possivelmente em função de seus antecedentes conceituais e de sua complexidade de compreensão tácita. Abre-se, assim, espaço para discussões contemporâneas de suas implicações para a gestão.

A humildade é tida como um valor moral nos indivíduos, assim como um valor ético. O estudo de Owens, Rowatt e Wilkins (2013) apresenta a humildade como uma virtude atenta aos limites humanos, ensejando comportamentos que permitem lidar de forma produtiva, adaptativa e construtiva com estes cenários, e destaca a tríade de virtuosidade do comportamento de humildade: (i) capacidade de se auto avaliar com precisão, (ii) ver os outros de modo apreciativo, e (iii) aprender a partir dos outros, estando aberto a novas ideias, feedbacks e conselhos. Deste modo, a humildade é expressa a partir das relações interpessoais e por intermédio de comportamentos que podem ser praticados e replicados, em um exercício de contágio à organização e aos seus membros de um virtuosismo oportuno.

Assim, em organizações virtuosas, os membros coletivamente se comportam de maneira mais consistente com o melhor do ser humano, perpetuando e amplificando os efeitos positivos de suas qualidades. Neste sentido, a virtuosidade organizacional define as ações esperadas dos membros da organização, de modo a se associar a um conjunto de práticas, crenças e valores culturais que contribuem para um melhor desempenho da empresa. É aqui que entra a humildade! Dentre estes valores essenciais, alguns podem ser identificados em uma cultura organizacional de humildade, que promove as práticas desta humildade como um fator chave de sucesso e forte influência nas relações internas e junto aos entorno dos negócios. Este é um desafio a ser internalizado pelas organizações.

A importância da humildade na gestão tem sido fundamentada em estudos empíricos que fornecem suporte para se considerá-la como uma qualidade positiva e eficaz para os indivíduos, equipes e organizações. Nestes trabalhos, evidencia-se que comportamentos humildes expressos auxiliam no engajamento e na aprendizagem, assim como na motivação, e no bem-estar dos colaboradores. Adicionalmente, estes estudos consideram o efeito positivo da humildade nos relacionamentos interpessoais, e nas relações de cooperação no ambiente de trabalho com reflexo em menor turn over.

Assim, a humildade resulta não ser apenas uma característica individual, dos líderes ou membros da organização, mas também das próprias organizações, permitindo a introdução, no dia a dia, de uma cultura organizacional de humildade. Os benefícios e a influencia positiva desta prática comportamental estão comprovados. Neste sentido, a adoção de políticas e programas de desenvolvimento de comportamentos de humildade concentra uma oportunidade única para as práticas organizacionais.

 

Renato Cuenca é Educador em Gestão e Liderança, Mentor e Coach Executivo, Pesquisador em Comportamento Organizacional pela Puc-Rio, Professor e Consultor.

 

Parceiros Institucionais

Guia de melhores práticas de relacionamento

CLIQUE NA IMAGEM PARA BAIXAR

Manual de Boas Práticas de SAC 3.0

CLIQUE NA IMAGEM PARA BAIXAR

Manual de Ouvidorias

CLIQUE NA IMAGEM PARA BAIXAR